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Jesus deixou-nos sete sacramentos que nos acompanham, que O fazem presente na nossa vida. Estes sacramentos dividem-se em três grupos: sacramentos de iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia), sacramentos de cura (Reconciliação ou Sacramento da Penitência e Unção dos Enfermos) e sacramentos ao serviço da comunhão (Ordem e Matrimónio).

Sacramentos de iniciação cristã: são o que nos introduz as bases de toda a vida cristã.

Sacramentos da cura: são a presença do Espírito Santo quando estamos doentes quer corporal quer espiritualmente. Pelos sacramentos de iniciação cristã recebemos a vida renovada, a vida nova, no entanto, pelo pecado podemos perder esta vida, visto ainda estarmos confinados à vida terrestre. O mesmo acontece em relação à doença física, o Espírito Santo dá-nos força, somos acompanhados.

Sacramentos ao serviço da comunhão: são os sacramentos que permitem a consagração numa missão particular. Consagra aqueles que recebem o sacramento da ordem para que sejam “com a palavra e graça de Deus, os pastores da Igreja”[1] e “os esposos cristãos são fortalecidos e como que consagrados por meio de um sacramento especial em ordem ao digno cumprimento dos deveres do seu estado”[2].

[1] II Concílio Do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11: AAS 57 (1965) 15.
[2] II Concílio Do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 48:AAS 58 (1966) 1068.

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Sacramentos de iniciação cristã

Batismo

Batismo

É o que permite a entrada na igreja, o que leva a pertencer ao povo de Deus. Ao sermos batizados passamos a ser filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, nosso Salvador. Através do batismo somos libertos do pecado, somos regenerados, somos filhos da Luz. Podem, então, ser batizados todos aqueles que ainda não o foram.

“O Batismo é chamado lavacro «de regeneração e renovação do Espírito Santo» (Tt 3, 5), nascimento da água e do Espírito, sem o qual ninguém «pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5). Também é chamado iluminação, porque quantos o recebem «são iluminados na mente»
(S. Justino, Apologia, I, 61, 12; PG 6, 344).”[1]

[1]HOMILIA DO SANTO PADRE JOÃO PAULO II POR OCASIÃO DA ADMINISTRAÇÃO DO SACRAMENTO DO BATISMO, 11 de janeiro de 1998

Confirmação ou Crisma

Confirmação ou Crisma

Este sacramento completa a graça batismal. Faz parte do caminho católico a receção deste sacramento. O sacramento da confirmação dá um vínculo mais perfeito à igreja. Todos os batizados devem caminhar para receber este sacramento quando assim for proposto.

“Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, III Parte, na Questão nº 72, artigo 5, diz o seguinte: “Como o batismo é uma geração espiritual para a vida cristã, assim a confirmação é um crescimento espiritual que faz o homem avançar até a idade perfeita espiritual”. Trata-se, portanto, de um crescimento e é por isso que na lista dos sete sacramentos, a crisma está em segundo lugar, não em ordem de importância, mas segundo a natureza.”[1]

[1]https://padrepauloricardo.org/episodios/para-que-serve-o-sacramento-da-confirmacao

Eucaristia

Eucaristia

Este sacramento é o centro de toda a vida da igreja. Podemos dividir a Eucaristia em três atos: ação de graças, memorial da paixão e presença real de Cristo. É na Eucaristia que relembramos a paixão, o sacrifício que Jesus fez para nos salvar através da Sua morte na cruz; é na Eucaristia que Jesus se torna presente através do mistério da consagração em que o pão e o vinho se transformam no Corpo e Sangue de Cristo; é na Eucaristia também que louvamos o sacrifício de Jesus diante toda a criação.

“8.Na Eucaristia, revela-se o desígnio de amor que guia toda a história da salvação (Ef 1, 9-10; 3, 8-11). Nela, o Deus-Trindade (Deus Trinitas), que em Si mesmo é amor (1 Jo 4, 7-8), envolve-Se plenamente com a nossa condição humana. No pão e no vinho, sob cujas aparências Cristo Se nos dá na ceia pascal (Lc 22, 14-20; 1 Cor 11, 23-26), é toda a vida divina que nos alcança e se comunica a nós na forma do sacramento: Deus é comunhão perfeita de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”[1]

[1]EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS DE SUA SANTIDADE BENTO XVI AO EPISCOPADO, AO CLERO ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS FIÉIS LEIGOS SOBRE A EUCARISTIA FONTE E ÁPICE DA VIDA E DA MISSÃO DA IGREJA

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Sacramentos da cura

Reconciliação ou Penitência

Reconciliação ou Penitência

Sacramento que mostra a infinita misericórdia de Deus por nós, homens. Somos fracos, caímos. Através do pecado podemos cortar a relação que por meio do batismo foi estabelecido com Jesus, ofendemos Aquele que mais nos ama. Pelo sacramento da reconciliação Deus perdoa todos os nossos pecados se apresentarmos arrependimento verdadeiro. Deve ser um sacramento frequentemente usado, pois dá-nos força, a nós frágeis homens diante de tantas tentações, fortalece a nossa relação com Deus.

“1. Costumo dizer aos confessores: falai, escutai com paciência e sobretudo dizei às pessoas que Deus lhes quer bem. E se o confessor não pode absolver, que explique as razões, mas que dê de todo o modo uma bênção, ainda que seja sem absolvição sacramental. O amor de Deus também existe para quem não está na disposição de receber o sacramento; esse homem ou essa mulher, esse jovem ou essa rapariga também são amados por Deus, são procurados por Deus, estão necessitados de bênção.

2. Os apóstolos e os seus sucessores — os bispos e os sacerdotes que são seus colaboradores — convertem-se em instrumentos da misericórdia de Deus. Atuam in persona Christi. Isto é muito bonito.

3. Confessar-se com um sacerdote é um modo de pôr a minha vida nas mãos e no coração de outro, que nesse momento atua em nome e por conta de Jesus. É uma maneira de sermos concretos e autênticos; estar frente à realidade olhando para outra pessoa e não para si mesmo refletido num espelho.

4. É verdade eu posso falar com o Senhor, pedir-Lhe logo perdão a Ele, implorar-lho. E o Senhor perdoa, logo. Mas é importante que vá ao confessionário, que me ponha a mim mesmo frente a um sacerdote que representa Jesus, que me ajoelhe frente à Mãe Igreja chamada a distribuir a misericórdia de Deus. Há uma objetividade neste gesto, em ajoelhar-me frente ao sacerdote, que nesse momento é a via da graça que me chega e me cura.

5. Como confessor, mesmo quando deparei com uma porta fechada, sempre procurei uma fissura, uma greta, para abrir essa porta e poder dar o perdão, a misericórdia.

6. O que se confessa está bem que se envergonhe do pecado; a vergonha é uma graça que é preciso pedir, é um fator bom, positivo, porque nos faz humildes.

7. Há também a importância do gesto. O simples facto de que uma pessoa ir ao confessionário indica que já há um início de arrependimento, ainda que não seja consciente. Se não tivesse existido esse movimento inicial, a pessoa não teria ido. Que esteja ali pode evidenciar o desejo de uma mudança. A palavra é importante, explicita o gesto. Mas o próprio gesto é importante.

8. Que conselhos daria a um penitente para fazer uma boa confissão? Que pense na verdade da sua vida diante de Deus, o que sente, o que pensa. Que saiba olhar-se com sinceridade a si próprio e ao seu pecado. E que se sinta pecador, que se deixe surpreender, assombrar por Deus.

9. A misericórdia existe, mas se tu não a queres receber… Se não te reconheces pecador quer dizer que não a queres receber, quer dizer que não sentes a necessidade.

10. Há muitas pessoas humildes que confessam as suas recaídas. O importante, na vida de cada homem e de cada mulher, não é nunca voltar a cair pelo caminho. O importante é levantar-se sempre, não ficar no chão a lamber as feridas. O Senhor da misericórdia perdoa-me sempre, de maneira que me oferece a possibilidade de voltar a começar sempre.

Frases extraídas do livro entrevista ao Papa Francisco “O nome de Deus é misericórdia, conversa com Andrea Tornielli”. Seleção realizada pela página web Lexicon Canonicum.[1]

[1]http://opusdei.pt/pt-pt/article/a-confissao-em-10-frases-do-papa/

Unção dos Enfermos

Unção dos Enfermos

Fortalece-nos na doença. Aquele Jesus que curou o paralítico oferece o Espírito Santo para nos acompanhar na doença. É um sacramente que qualquer batizado pode ter, as vezes que forem precisas. É, então, aconselhado pela igreja a recebê-lo quando a doença nos bate à porta.

“Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado”.
(Tiago: 5, 14-15)

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Sacramentos ao serviço da comunhão

Ordem

Ordem

Sacramento que confere, àqueles que assim foram chamados, o ministério da Igreja. O sacramento da ordem perpetua a missão que Jesus deu aos Apóstolos. Este sacramento tem três graus: o diaconado, o presbiterado e o diaconado. O sacerdócio ministerial não é apenas a presença de Cristo diante do povo, mas é também a cara da Igreja quando faz alguma a oração em nome do povo e quando oferece o sacrifício da eucaristia.

“Meus filhos, chegamos ao sacramento da Ordem. É um sacramento que parece não dizer respeito a ninguém dentre vós, e que diz respeito a toda gente. Esse sacramento eleva o homem até a Deus. Que é o sacerdote? Um homem que ocupa o lugar de Deus, um homem que é revestido de todos os poderes de Deus. “Ide, diz Nosso Senhor ao sacerdote. Assim como Meu Pai me enviou, assim Eu vos envio… Todo poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide, pois, instruí todas as nações… Quem vos escuta a Mim escuta; quem vos despreza a Mim despreza”.”[1]

[1]CATECISMO SOBRE O SACERDOTE, Por São João Maria Vianney. Tirado de http://paramaiorgloriadedeus.blogspot.pt/2015/10/catecismo-sobre-o-sacerdote-por-sao.html

Matrimónio

Matrimónio

Sacramento que permite um pacto no qual o homem e a mulher, através da comunhão íntima, se constituem num só durante toda a vida terrena. Este sacramento deve ter em vista o bem dos noivos e a procriação e educação dos filhos.

“Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do Matrimónio, Deus, por assim dizer, «espelha-se» neles, imprime neles os seus lineamentos e o caráter indelével do seu amor. O matrimónio é o ícone do amor de Deus por nós. Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisamente nisto que consiste o mistério do Matrimónio: dos dois esposos Deus faz uma só existência. A Bíblia usa uma expressão forte e diz «uma só carne», tão íntima é a união entre o homem e a mulher no matrimónio!”[1]

[1]PAPA FRANCISCO AUDIÊNCIA GERAL, Praça de São Pedro, quarta-feira, 2 de abril de 2014